CLIMATÉRIO E MENOPAUSA
CLIMATÉRIO E MENOPAUSA
A menopausa é o último fluxo menstrual de uma mulher.
Raro antes dos 40 anos. Comum entre 45/55 anos.
A menstruação torna-se irregular, ou seja, períodos espaçados, fluxo alterado (diminuído).
Cessada a menstruação, qualquer hemorragia após 1 ano deve ser investigada. Qualquer alteração incomum deve ser investigada.
O climatério é o conjunto de mudanças fisiológicas e anatômicas interrelacionadas que ocorrem à medida que a mulher passa de seus anos férteis para os inférteis.
A Sociedade Brasileira de Climatério (SOBRAC), considera o climatério uma endocrinopatia caracterizada por alterações funcionais morfológicas e hormonais dividindo-se em 3 fases: Pré-Menopausa, Menopausa e Pós-Menopausa.
A Pré-Menopausa compreende o período anterior a menopausa quando se iniciam as alterações endócrinas e biológicas. Um dos sintomas freqüentes e queixa comum nesse período é a irregularidade menstrual que ocorre em 90% das mulheres, durante, em média, quatro anos antes da menopausa, podendo ser confundida com uma patologia uterina.
O termo menopausa é usado para o último fluxo menstrual experimentado por uma mulher. A variação da idade é entre os 48 e 55 anos de idade. Sendo que a idade exata do seu acontecimento é extremamente variável de pessoa para pessoa e sofre a influência de diversos fatores como: hereditariedade, estado nutricional, a quantidade de tecido adiposo, tabagismo, histerectomia prévia e possivelmente a etiogenia.
A deficiência de estrogênio é o fator básico que rege o período pós menopáusico. E esta deficiência tem efeitos maléficos sobre o organismo feminino gerando complicações de saúde. A pós-menopausa tem início um ano após a menopausa e finda na senilidade.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
n Manifestações Neurogênicas: ondas de calor, sudorese, calafrios, palpitações, cefaléia, tonturas, parestesia, insônia, perda da memória e fadiga.
n Manifestações Psicogênicas: alteração de humor, irritabilidade
n Manifestações Metabólicas: relacionados ao metabolismo ósseo e lipídico.
Metabolismo ósseo: Cerca de 25% das mulheres na pós-menopausa tem osteoporose significativa devido a perda da massa óssea.
n Metabolismo lipídico: O LDL, HDL e triglicerídeos estão aumentados depois da menopausa, aumentando a incidência de doenças cardiovasculares.
n Manifestações Mamárias: As mamas tornam-se atróficas, com flacidez e redução do volume
n Manifestações Genitais: diminuição do tecido subcutâneo, hipoplasia da epiderme, diminuição dos pequenos lábios, diminuição dos pêlos pubianos, atrofia do epitélio vaginal, perda da elasticidade, menor secreção das glândulas sebáceas, diminuição da cérvix uterina, perda do tônus dos tecidos pélvicos e dos ligamentos que sustentam o útero predispondo ao prolapso.
n Manifestações Urinárias: incontinência urinária
n Manifestações do Sistema Tegumentar: Os pêlos do corpo, axilas e púbis sofrem progressiva diminuição e os cabelos também sofrem quedas e embranquecimento.
n Manifestações Osteo-Músculo-Articulares: artrose, algias articulares, fadiga muscular, diminuição da força muscular e alterações do tônus.
CONSEQUÊNCIAS DO HIPOESTROGENISMO
INTERMEDIÁRIAS
n Atrofia da pele
n Disfunção sexual
– do desejo, frequência e satisfação sexual
n Atrofia genital
– Prurido e secura vaginal
– Dispareunia, vulvovaginite atrófica
– Urgência/incontinência urinária
– Síndrome uretral
– Distopias genitais
TARDIAS
n Osteoporose
n Doença cardiovascular
n Doença de Alzheimer
SINAIS E SINTOMAS
ovários não expelem mais folículos
ovários se encolhem
ovários param de produzir estrogênio
há uma atrofia gradual dos principais órgãos
glândula pituitária anterior deixa de inibir o ciclo de estrogênio
continua a produzir FSH e LH
seios sofrem diminuição estrutural
útero diminui
endométrio adelgaça-se
cérvix diminui seu tamanho e suas secreções
vagina atrofia suas paredes e perde a elasticidade
altera-se seu pH – menos ácido – mais infecções
predisposição ao prolapso
perda de colágeno – tecido mais delgado e menos elástico
déficit de estrogênio altera células uretrais – cistites, incontinências, uretrite, disúria
Mulheres histerectomizadas antes da menopausa cessarão de menstruar de imediato, porém os outros sintomas só aparecerão após cessar o funcionamento ovariano.
Ondas de calor, suores noturnos, palpitações são devidoa diminuição de estrogênios circulantes e elevação dos níveis de FSH e LH.
As transformações ocorrem não só no físico, mas no meio e nas atribuições da mulher (papel de mãe, relação conjugal, aposentadoria, doenças na família).
OSTEOPOROSE
maior densidade óssea – entre 2a. e 3a. décadas
após menopausa perda média de mais de 20%
perda óssea é inevitável, porém variável entre os indivíduos
cerca de 50% das mulheres pós-menopáusicas apresentam risco de osteoporose de importância clínica – devido a perda de colágeno
prevalece entre as mulheres pequenas. A obesidade é um fator de proteção
fraturas comuns = fêmur, punho e vértebras
prevenção = ingesta adequada de cálcio na infância, prática constante de exercícios
nutrição adequada – ingesta de cálcio artificial sem comprovação
caminhadas matutinas, musculação
TSH – aconselhamento médico, melhor caminho
doença vascular – igualdade com os homens
Para diagnosticar o climatério a mulher deverá ser pesquisada em três situações:
A primeira é quando começar a apresentar os clássicos sinais e sintomas da pré-menopausa como: ondas de calor, irregularidades menstruais, irritabilidade, depressão, secura vaginal, diminuição do turgor da pele, diminuição da libido.
A segunda é quando, ao exame ginecológico, mesmo não havendo sintomas, percebe-se que já há uma perda da coloração normal da mucosa vaginal.
A terceira é quando, mesmo com a ausência de sinais e sintomas citados, encontra-se um esfregaço hipotrófico ao exame citológico anual.
FISIOTERAPIA NA MENOPAUSA
A fisioterapia tem como objetivos gerais:
Promover uma boa atividade física e ajudar a mulher a ajustar-se às mudanças deste período, tornando-a mais esclarecida, preparada e saudável;
Combater doenças degenerativas;
Prevenir ou tratar qualquer processo que desencadeie quadro álgico;
Prevenir e/ou tratar a incontinência urinária;
Trabalhar a amplitude de movimento proporcionando melhora na mobilidade articular da paciente;
Trabalhar ganho de força muscular para melhorar a produtividade e a resistência, evitando a fadiga e o cansaço muscular;
Melhora do tônus que além de interferir no padrão postural, evita ou minimiza os desvios eventuais existentes;
Trabalhar o tecido ósseo - tratamento profilático quanto terapêutico, favorecendo a remodelação óssea;
Reequilibrar as tensões musculares, proporcionando o relaxamento muscular global;
Corrigir as alterações posturais, desenvolvendo um aumento da consciência postural, reestruturando o equilíbrio corporal.